O VI Congresso Europeu de Agricultura Biológica, organizado pelo Grupo Europeu do IFOAM, sob o tema “Mudança inteligente - Rumo a uma PAC sustentável”, teve lugar em Copenhaga nos passados dias 17 e 18 de Abril. A ele assistiram cerca de 200 representantes do movimento da agricultura biológica europeu, entre associações interprofissionais, de produtores, de consumidores, organizações não governamentais, organismos de controlo, universidades e centros de investigação, com o propósito de discutir a Política Agrícola Comum (PAC) para 2014-2020 e defender a oportunidade desta contribuir efectivamente para o desenvolvimento da agricultura biológica na União Europeia (UE). A INTERBIO, apostando fortemente na expansão das suas actividades e fiel ao seu compromisso com a defesa dos interesses do sector, também fez questão de participar no congresso em representação de Portugal.
O congresso contou ainda com a presença de altos responsáveis políticos: J. Plewa, Vice-Director Geral da Direcção Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia comunicou aos congressistas que o papel da agricultura biológica é amplamente reconhecido nas propostas da Comissão para a nova PAC, sendo o apoio a este modo de produção essencial para garantir a produção de alimentos de forma sustentável e com benefícios ambientais. J. F. Hullot, Chefe da Unidade de Agricultura Biológica da mesma instituição europeia, deixou antever que, a agricultura biológica, regulamentada a nível europeu e alvo de um rigoroso sistema de controlo, é claramente vista como um aliado no objectivo de aumentar a sustentabilidade da agricultura europeia. Finalmente, M. Lautrup-Larsen, em nome da Presidência Dinamarquesa da EU, afirmou a ambição do seu país em lançar os alicerces para uma PAC que incentive os agricultores a fazerem uso de práticas mais amigas do ambiente, de forma inequívoca, consistente e menos burocratizada, tanto a nível dos regimes de pagamentos directos (I Pilar) como dos programas de desenvolvimento rural (II Pilar).
Durante os dois dias de congresso, entre os representantes da agricultura biológica, ambiente e sociedade civil, o mote mais escutado foi: “Dinheiro público para produzir bens públicos!”, em defesa de uma maior sustentabilidade dos sistemas de produção de alimentos em geral na Europa. No entanto, os oradores não deixaram de lembrar que há que criar condições de mercado para os mesmos serem também economicamente viáveis.
Em harmonia com um encontro tão bem sucedido do ponto de vista da participação, discussão e propostas políticas, visando o futuro desenvolvimento da agricultura biológica, o serviço de alimentação e bebidas foi inevitavelmente 100% biológico.
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